As propagandas loucas e questionáveis da Acclaim
Não é só de sucesso e glamour que vive nossa amada indústria dos games. Coisas absurdas já são quase parte do cotidiano desse segmento. É só parar e pesquisar por […]
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Não é só de sucesso e glamour que vive nossa amada indústria dos games. Coisas absurdas já são quase parte do cotidiano desse segmento. É só parar e pesquisar por […]
Não é só de sucesso e glamour que vive nossa amada indústria dos games. Coisas absurdas já são quase parte do cotidiano desse segmento. É só parar e pesquisar por alguns segundos para encontrar uma pilha de loucuras que empresas já fizeram em seus jogos ou para promovê-los.
Algumas companhias aprendem com seus erros e acabam dando a volta por cima, mas a Acclaim não. Eles decidiram rir do cara do perigo e mergulhar fundo em ideias absurdas só para conseguir um espacinho na mídia. O objetivo até foi alcançado, porém teve um alto preço.
A Acclaim foi fundada em 1987 por ex-funcionários da Activision. Esse nome foi escolhido para ficar alfabeticamente à frente da empresa de onde saíram e da Accolade, outra empresa fundada por ex-empregados da dona de Crash e Call of Duty.
Nos primeiros anos, a empresa apenas publicava e localizava jogos. Com o lucro, logo começaram a comprar seus próprios estúdios. Assim eles começaram a desenvolver seus próprios projetos. O foco da Acclaim passou a ser em fazer porte de jogos de arcade para console e em desenvolver jogos licenciados baseados em outras mídias, como quadrinhos e filmes . Aquele famoso tipo de jogo feito sem nenhum empenho, só com foco em arrumar dinheiro de fã.
Esse modelo deu tão certo que em algum momento dos anos 90 a Acclaim foi uma das empresas que mais lucrou. Alguns de seus trabalhos que merecem menção foram os portes de Mortal Kombat para console, NBA Jam, Spider Man & Venom Maximum Carnage, a franquia Turok, o abominável Quarteto de Fantástico de PS1e a versão de arcade do jogo do filme de Street Fighter. Se nos anos 90 tudo era sonho, nos anos 2000 tudo virou um pesadelo.
Propagandas bizarras são até comuns no mercados de jogos. As campanhas de marketing da maioria dos jogos e videogames dos anos 90 e início dos anos 2000 era uma loucura total, mas como eu disse no início, a A Acclaim superou os limites do absurdo e o Reino Unido foi a sua maior vítima.
Muita gente deve ter conhecido Burnout nas mãos da EA, porém os primeiros jogos da franquia criada pela Criterion foram publicados pela Acclaim.
Para promover Burnout 2: Point Impact no Reino Unido, a empresa se ofereceu pagar multas por excesso de velocidade em 11 de outubro de 2002, dia do lançamento do jogo. Lógico que a atitude não foi bem vista e o Departamento de Transporte categorizou a atitude como “altamente irresponsável”
Gladiator: Sword of Vengeance é um jogo que não conheço ninguém que tenha jogado, mas que eu tinha guardado na minha caixinha de jogos de PS2. Digamos que ele não está perto de ser um dos meus hack and slash favoritos, e pelas notas da crítica, acredito que muitos também não gostaram.
Dessa vez a Acclaim decidiu banhar as paradas de ônibus com sangue em um período de seis dias. E é claro que o sangue era falso. Tudo isso foi feito para mostrar a todos que Gladiator: Sword of Vengeance era o jogo mais violento, sangrento e brutal de todos os tempos.
Turok: Evolution prometia ser a versão definitiva do amado shooter do Nintendo 64. Para deixar claro o quão grandioso era o que estava por vir, a Acclaim ofereceu U$10 mil para a pessoa que colocasse o nome de seu filho de Turok nos Estados Unidos. Já no Reino Unido, eles ofereceram £500 e um Xbox para a pessoa que trocasse o seu nome para Turok.
Supostamente cinco pessoas trocaram seus nomes, porém em uma investigação do site VG247, foi descoberto que os cinco “Turoks” na verdade eram atores que se fingiram de fãs.
Provavelmente foi daqui que a Bethesda tirou a ideia de dar todos os seus próximos jogos para o resto da vida de um recém nascido nomeado de Dovahkiin. E nesse caso deu certo. Teve um casal que colocou o nome do filho de Dovahkiin.
No que parecia ser um delírio de loucura, a Acclaim decidiu usar lápides como outdoors para promover Shadow Man 2: Sencond Coming. Como se já não bastasse, eles disseram que a oferta seria interessante para famílias mais pobres.
Um porta voz da empresa disse que o segundo Shadow Man “é um tipo de jogo sombrio e sangrento e achamos apropriado elevar a publicidade a um novo nível”. Shaun White, gerente de comunicação da Acclaim, disse “O conceito do que chamamos de ‘deadvertising’ é totalmente consistente com o tema do jogo Shadow Man 2: Second Coming e nos fornece uma presença permanente para nossa publicidade. O conteúdo e o contexto são dois princípios importantes do marketing de Shadow Man.”
Vale dizer aqui que ninguém se ofereceu para usar lápide de algum parente morto para promover o jogo.
Com decisões de marketing horríveis e jogos de qualidade duvidosa, a Acclaim foi à falência em 2004. A empresa tinha até potencial, mas se perdeu querendo apenas dinheiro a qualquer custo, mas sem se preocupar com qualidade.